quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A criatividade é uma excelente ferramenta para chamar a atenção.

Uma discussão que eu não vou entrar é se as ações inesperadas são mais um produto da criatividade, portanto abarcadas pelo mesmo conceito. É bem provável que seja. Essa busca da criatividade e do inesperado pode virar fim em si própria e acabar virando a busca do imponderável, do imensurável.
O que apresenta uma campanha criativa e inesperada para uma "sex-shop", na Europa.

Minhas dúvidas são as seguintes, com relação a esta propaganda apresentada:
- qual o público-alvo a ser atingido?
- um fato "gritante" como este ajuda ou atrapalha na busca da atenção?
- os resultados, quais foram os resultados para a loja que bancou a propaganda?
- os resultados foram capturados pela loja que pagou a propaganda?
- houve aumento de vendas nas outras "sex-shop"?

Eu tenho dúvidas se este tipo de propaganda, que inevitavelmente chamou a atenção, deu resultados em termos de acréscimo de vendas, pois o público que associaria o "reclame" à loja de "sex-shop" seria aquele que já a freqüenta. Mas isto só é um "achismo" meu, precisaríamos de maiores dados da realidade para verificar que tipo de público foi atraído, e se foi atraído...

A veiculação paralela provocada por este tipo de exposição - geração de notícias e diz que diz - pode ter sido o maior ganho, caso tenham conseguido associar a notícia ao "sex-shop" específico que o patrocinou. Ou será que houve também aumento de vendas em outros "sex-shops"?

Meu propósito é contrapor a idéia fixa de criatividade (inesperado) versus a efetividade da campanha.
É um erro comum da propaganda encarar a criatividade pela criatividade, a criatividade como fim.

Se focarmos o público que já vai a "sex-shops", para fazer uma pesquisa com eles, continuaremos com o mesmo mercado de pessoas mais "sem-vergonha" de freqüentar um "sex-shop".
Qual é o percentual de vendas pessoais e virtuais de um "sex-shop"?
Uma simples sugestão alternativa de publicidade: uma foto de um casal de cabelos brancos que denote, insinue carinhos íntimos e uma frase, com este sentido, mas que pode e deve ser trabalhada:
"Junte brincadeira ao seu prazer.", ou
"Brinque com o seu prazer.", ou ainda
"Brinque com o seu amor"

O problema seria levar esse público à "sex-shop", pois nem todos se sentiriam bem se vistos lá.
O acesso virtual, por parte deste público, facilitaria o contato. Limitaria o mercado-alvo a quem tem e usa Internet, mas atenderia um público que jamais freqüentaria um "sex-shop" pessoalmente.

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